Tenho repetido por essas páginas efusivos agradecimentos devido às indicações umas melhores que as outras de bares, restaurantes e boates. Todas expectativas altíssimas que foram cumpridas. Em raras ocasiões, alguém sugere uma porcaria – e ai eu nem relato como foi. E em outras oportunidades, escuto falar de um lugar e experimento algo completamente diferente, provando que avaliações concretas após poucas horas em um só lugar é não dar o devido valor a subjetividade. Todo esse papinho só para falar do Mute.
Uma das informações que me passaram do Mute era a seguinte: lugar legal para encontrar botineras desfilando. Botineras, as Maria-chuteiras na Argentina. Independente das relações sociológicas e culturais que alguém possa fazer, sempre tive uma curiosidade com o local, e fui sem maldade já que sou um horror com uma bola nos pés. Primeiro detalhe a observar? O lugar é bonitão, parcamente iluminado, misturando mesas baixas perto de um grande bar.
Me aproximei para conferir o pessoal, e no meu irrisório conhecimento do universo botinero, achei que as freqüentadoras do Mute não tinham tal perfil, e os poucos caras circulando por lá passavam longe do estilo boleiro. Galerinha bonita e animada batendo um papo.
O bar, centralizado no salão principal, atendia gente por todos os lados devido ao seu formato em U. O espelho no teto me deixou completamente desorientado – e isso que estava absolutamente sóbrio -, mas talvez o clima ajudasse o amigo ali no fundo a dar o bote.
Mais ao fundo fica o DJ, cercado por alguns sofás em um ambiente mais lounge, um pouco mais sossegado que o resto da casa.
E no andar de cima, mais algumas variações de bar, mesas, sofás, mais mulheres do que homens, bebidas, cigarros, música e muito papo. Cool, mas lá embaixo o clima é mais... mais. Entende?
Ah, óbvio. Tenho que beber algo né? Após sumir sem pagar – um lapso momentâneo de memória que em nada tem a ver com minha boa índole -, degustei uma caipirinha de maracujá que, por algum motivo, saiu feia pra c***** na foto. Mas estava bem feitinha – uma colher a menos de açúcar e eu tirava o inha do feiti.
Para tudo e ruma ao sul! Post duplo hoje, digamos que uma variação do mesmo tema. Reconhece esta vista horrorosa? É o Cerro Catedral, centro de esqui da turística San Carlos de Bariloche. What the hell uma foto da montanha está fazendo no meio de um post de Buenos Aires? Muito simples: para que vocês conheçam o Mute.
Sim, na base da estação tem outro Mute. Com uma decoração completamente diferente do seu irmão portenho, aqui impera o clima de montanha. Tudo muito simples, mas um clima mega animado de after ski.
Sucesso para os sofás, principalmente aqueles posicionados junto aos janelões para curtir para curtir a neve que agraciava os amantes do inverno patagônico. Sem contar a visão privilegiada dos populares divertindo-se outdoorsy style.
Pela noite ainda rolam algumas festinhas fortes por lá, devidamente mal documentadas por motivos de força maior. Algumas opções simples para pesticar, tragos normaizinhos, mas um grande destaque: essa incógnita marrom, horrenda, que até hoje não entendemos como foi possível criar tão péssima combinação. Não me levem a mal Mute, é só pela piada! Todo o resto foi o excelente. E não dá para levar a sério um cara que, em certos momentos, profere pérolas tais como esta, certo?
Era possível imaginar que um post que começou com botineras terminaria desse jeito?
Independente do Mute escolhido, de suas propostas diferenciadas, de suas enormes distantes e de seus públicos variados, fica em comum o clima animado de ambos. Porque clima, às vezes, não tem muita explicação. É bom porque é, e ponto final.
Mute
Baez 243 (esq. Arévalo) – Las Cañitas
Cap. Federal – Buenos Aires
(11) 4776 6883
www.mute.com.ar
Mapa
Mute
Base Cerro Catedral
San Carlos de Bariloche - Río Negro
(2944) 460 326
www.mute.com.ar
Mute | agito clássico em Las Canitas
quarta-feira, 30 de junho de 2010 - 17:16
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Geraldo Figueras
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9 comentários:
Opa, já conheço o de BsAs e adoro, agora vou ter que ir no de Bariloche.
Muito legal teu blog, parabéns!
ótimas dicas. mas eu acho que prefiro o de Bariloche. Sabe como é, a neve é mais fofinha que o concreto, e depois de uma noite forte este detalhe faz toda a diferença, hehhe, ok, falei demais, dá um mute...
Mel,
Obrigado pelo elogio, e seja bem vinda!
Marco,
Quando a coisa é forte demais não há neve fofa que resolva. E parabéns pelo bom uso do trocadilho ehehe
Um lugar que eu já fuii!! Eeehh! hehehe
A verdade é que nem avaliei bem o lugar quando fui, pq a noite como um todo foi meio louca.. hehehe
Mas eu lembro que gostei. E também lembro que me chamou a atenção uma crowd de hombres más grandes estilo "me divorciei e agora quero curtir com as pendejas" ;x hahahaha Essa foi a obervação de um dos meninos.. hehehe
Gabi,
Excelente percepção de público! Mas achei que teu negócio fossem os cancheros heeheh
Beijo
Meu negócio, definitivamente, são os cancheros!!!! hahaha
Aproveita ai então. Depois vai voltar e ter que te contentar com o pessoal de tênis branco enorme eheh
Morfologicamente, só conheci Mutt & Jeff (deixa pra lá, não é do seu tempo...) tcsss.
Infelizmente, o Mute, não tive o prazer de conhecer; nem o citadino, nem o montanhês...
Mas seguramente ficaria com o do Cerro Catedral, que já vem com o kit paisagem, e você pode descer "calibrado". Además, yo elijo las canchas de sky, non las de futbol...
Ligia, o montanhês é realmente uma opção mais abrangente justamente por ser tão democrático. Funciona o dia inteiro, então sempre é uma opção bacana para quem cansou de gelar o nariz na montanha.
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