Em meio ao caos de uma metrópole agitada e caótica como Buenos Aires, de urbanismos exaltados e de uma cultura que valoriza a vida noturna, seria estranho tomar uma bebida em plena luz do dia, cercado pelo perfume de flores e do bucólico silêncio quebrado somente pelo canto dos pássaros. Estranho?
Se depender do Home, nem um pouco. O bistrô deste hotel boutique de Palermo deixa bem claro pela charmosa e diversificada barra que não existe hora certa para provar os tragos clássicos e algumas invenções de Daniel Biber, ainda que a atendente tenha tentado me impedir de tirar a foto. Prometi a ela que guardaria a câmera prontamente. Eu menti. Sorry!
Estava inspirado esse dia, com sede, sem noção, e ignorando que teria que pagar o cartão de crédito no final do mês. As mesinhas espalhadas no jardim eram um verdadeiro oásis na quente tarde portenha, e me acomodei prontamente com um cardápio nas mãos.
Minha inconseqüência foi levemente amenizada com um pedido de bruschettas, para, digamos, evitar acidentes pós-bebedeira. Salmão defumado com cebola caramelada, tomates cerejas com lascas de grana padano e azeitonas, roquefort com nozes e endívia, e cogumelos salteados com presunto cru.
Mas se eu vim para beber, melhor parar com essa história de comer. Comecei levinho com um Les Paul, uma mistura de vodka, Cointreau, água de pêra e tabasco. Para arder a boca no inferno. Queima mesmo, coisa linda e deliciosa.
Precisava de água, mas água faz mal. Então a pedida foi um Voy Contigo A Home, ou seja, rum ouro, polpa de morangos, menta, lima, calda de açúcar e redução de vinagre balsâmico. Frutas, vinagre. Para manter a dieta.
Não tinha como parar naquela hora, então meu olho brilhou (de felicidade, claro) com o Scarlet The Tart: infusão de vodka com frutas vermelhas, licor de cassis, lima, licor de pêra e cardamomo. O céu na Terra.
Admito que o mundo já estava mais colorido a essa altura, e que nem toda a comunicação com o staff era bem sucedida. Resultado disso? Pedi um drink que não consigo lembrar o que era. Acho que tinha gin, suco de limão, e gengibre, além de outras coisas. Ou não.
Fácil do jeito que eu estava (nada a ver com a bebida, claro), não neguei a pergunta “gostaria de mais alguma coisa?”. E fui no Albert’s Rocket: tequila ouro, suco de limão, calda de açúcar, clara de ovo, folhas de rúcula e azeite de oliva. Basicamente uma salada no copo.
É claro que a conta de $150 (R$73) era alta devido ao absurdo excesso que vivi nesta tarde, mas vale lembrar que os tragos variam de $20 a $25 (R$10 a R$12). E o resultado disso tudo? Uma promessa de não tirar fotos quebrada, uma sensação de paz absurda, cartão de crédito chorando, e uma imunidade emocional garantida até o cair da noite, claramente estampada no sorriso besta e nos olhos semi cerrados de minha pessoa.
Home Buenos Aires
Honduras 5860 (esq. Dr Emilio Ravignani) - Palermo Hollywood
Cap. Federal - Buenos Aires
(11) 4778-1008
www.homebuenosaires.comMapa
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2 comentários:
Uma coisa que me intriga, que tal fica o vinagre balsâmico no drink? Não tira o sabor do resto?
O Scarlett tá sensual ao cubo.
Abraço
Ele é bem sutil, quase não sente. O drink não é nada estranho, bem friendly, digamos assim.
Pra você que faz perguntas no blog... um abraço!
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